Vanda assumiu um papel de protagonismo durante a crise da pandemia de Covid-19. Diante do genocídio que ameaçava os indígenas que não tinham acesso à saúde e aos paramentos básicos para se proteger contra o vírus, a técnica de enfermagem se uniu a outras lideranças do Parque das Tribos, onde mora, mobilizou a população local e provocou o poder público para salvar muitas vidas em sua comunidade.
Junto com várias lideranças, Vanda montou uma unidade de apoio à saúde em enfrentamento à COVID e à crise do oxigênio com doações. Em uma quadra do bairro que, negligenciado pelo governo, não oferece nem água encanada, redes viraram leitos para infectados. No local, tudo era fruto de doação, desde os cilindros de oxigênio aos medicamentos e kits de proteção individual. Na falta de equipamentos de proteção, junto com a sua mãe e outras mulheres, comprou tecido, cortou e costurou máscaras que foram doadas à comunidade. E fez do próprio carro ambulância para levar as pessoas da comunidade que apresentavam sintomas da doença.
Em reconhecimento por seu trabalho, Vanda foi a primeira pessoa a ser vacinada no Amazonas, como profissional de saúde e mulher indígena. O momento ficou eternizado em sua memória e nas várias páginas dos jornais que divulgaram Vanda vestida com sua roupa tradicional Witoto, recebendo a primeira dose da vacina CoronaVac, no dia 18 de janeiro de 2021.
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